quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Capitão América

Onde estão nossos heróis!


Obra: Capitão América e Harley Davidson
Dimensão: 80x100

Disponivel

“Infeliz a nação que não tem heróis. 
Mais infeliz a nação que precisa de heróis”. Bertolt Brecht

Esta frase dita por um socialista é perfeita, os socialistas de um modo geral tem uma visão mais humana de mundo e relacionamento entre os povos. O socialismo é sem sombra de dúvida a evolução da política global, pois aperfeiçoa o compartilhamento dos recursos tecnológicos, culturais, saúde e abastecimento.

Quem são nossos heróis?

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega à desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto” (Rui Barbosa, Senato Federal, RJ. Obras completas, v.14, t.3, 1914, p.86).



Obra: Nacional Kid e Nissan
Dimensão: 80x100

Disponivel

          
         As nações de um modo geral inventam e cultivam seus heróis como forma de mostrar ao bons frutos nascidos do povo, exemplos a serem imitados. Aqui no Brasil tenho a sensação de que os jornalistas, os diretores de cinema e até mesmo os próprios atores gostariam de ter nascido em qualquer outro lugar do mundo, menos aqui. Vi Fernanda Montenegro colocar a sua roupinha de ir à missa na expectativa de ganhar um Oscar. Por que precisamos do aval americano para certificarmos de que somos bons em alguma coisa? Fernanda Montenegro é sem dúvida uma das maiores atrizes do mundo, e foi o povo brasileiro que a consagrou.
         Os filmes de época que narram a vida nas côrtes como: Elizabeth, Rei Arthur, Alexandre, até mesmo na ausência da honra, na corte, ressalta-se o proletário que vence o sistema e deixa uma semente como "Coração Valente"(Mel Gibson). Dão-nos uma visão de reis e heróis, que foram símbolos de virtude, poder e força que fomentam o orgulho da nação.
         Assisti ao filme da Carla Camuratti “Carlota Joaquina, a Princesa do Brasil” sinceramente senti vergonha. Uma pesquisa tão grande de figurino, cenário, fotografia, atores, atrizes, roteiro e textos unidos com o propósito de mostrar ao povo brasileiro que somos uma piada.
         Heróis na verdade são somente uma produção de homens que amam e valorizam sua nação, seu povo e sua cultura.
       Cresci vendo pela TV os heróis japoneses, Nacional Kid e Ultraman, os americanos, Capitão América, Hulk, Batman e Robin, o inglês Robin Hood, o mexicano Zorro, o escandinavo Thor, Jesus, Apolo, Mercúrio, Zeus, Moisés, São Paulo, São Pedro, São João e tantos outros heróis e mártires, que só o fato de conhecermos as suas histórias, sentimos um certo orgulho por sermos semelhantes destes seres humanos.

Onde estão nossos heróis?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ariadne


Fio de Ariadne, re-leitura da  obra de John Vanderlyn por Caio Santos

Pergunto: "Que fio é esse?"
Aprendemos através da mitologia que Teseu para salvar sua amada Ariadne precisa enfrentar o Minotauro. Vencê-lo somente não seria a única solução, pois tal enfrentamento acontece dentro de um labirinto, que tem sua saída encontrada graças ao fio amarrado a porta de entrada por Ariadne. 

E pergunto-lhes novamente: "Que fio é esse?"

Essa retórica leva-nos a concluir numa análise racional, que tal fio não existe nem nunca existiu, nem o tal labirinto e nem o tal Minotauro. Trata-se, sim de uma sábia ilustração onde os gregos descrevem uma situação mental dessas a que somos submetidos diariamente, onde nos sentimos assustados, perdidos em meio ao desconhecido, onde os problemas são como monstros invencíveis, mas que não podemos fugir ao confronto, inspirados pelo amor a uma pessoa ou causa, mesmo sem forças para lutar, andando em círculos, na  busca de soluções, prosseguimos na busca de uma saída, o Fio de  Ariadne. 

"Mas Que Fio é Esse?"

No mundo contemporâneo estamos o tempo todo sendo persuadidos a consumir o que não precisamos, ser o que não somos, fazer o que não queremos, com isso a ansiedade, a insegurança, a incerteza, a falta de horizonte, inundam a mente da população, consequentemente, o abuso das drogas, a violência, a crise do gênero, a crise de identidade, dentre outras tantas que não podemos enumerar, ilustram tal confusão mental a que o homem é submetido. Poucos são os que conseguem um Fio de Ariadne para se guiar sem perder o rumo.

      Podemos considerar que o  tal " fio de Ariadne " é a linha divisória entre a razão e a loucura que serve de   guia  nos momentos tribulados urdido pelo conhecimento dos valores imutáveis.
  E que valores são esses?
 Um deles é o fato de que a história de cada pessoa é, e precisa ser diferente.
 Cada ser é único, e está ocupando o espaço necessário para o equilíbrio do universo.
 Consciência de si próprio essa  luz é verdadeiramente a porta do labirinto.

Caio Santos