sexta-feira, 19 de julho de 2013

WWW@ CAIO EXPOSIÇÃO TEMÁTICA - FATEC Ano 1998

Há 15 anos Caio Santos previa aquilo que seria uma febre hoje entre jovens e adultos, no que diz respeito a comunicação virtual. Nessa época as conversas aconteciam no ICQ e nas salas de Bate Papo do UOL.




“O artista não se abstrai da realidade histórica: declara explicitamente ser e querer ser o próprio tempo. E muitas vezes aborda como artista temáticas e problemáticas atuais.” (Giulio Carlo Argan)



DA BUSCA DO ESPAÇO SUBJETIVO AO ENCONTRO COM O ESPAÇO OBJETIVO

(um espaço desenvolvido por homens para homens pelos homens)



Onde:



Consciência exerce comandos exatos ...

O Pensar flui ... Materializa-se...!

O sentir é forte...!

Privacidade...!

Deleite mental...!

Ansiedade,uma virtude...! Novos códigos que abreviam períodos ou frases.

Aprender,uma constante...! Novo vocabulário.

Contato intimo...! Dos limites do corpo ao limite da alma...!

O livre arbítrio revela o que somos...! O melhor e o pior de mim, diante de mim! 



A TENSÃO SE ESTABELECE



As frestas deixadas por Alberto Burri, o avanço no espaço de Mira Schendel, os cortes de Lúcio Fontana, denotaram a busca por um espaço ou um novo  espaço, onde se pudesse exercer uma interferência humana. Os traços aleatórios do expressionismo uma busca por algo que poderia ser indicação de espontaneidade e liberdade de expressão maior – decorrente disso, experimentos com: sexo livre, drogas,seitas místicas e outras alienações – com isso o estabelecimento do caos. Porém, o resgate das pesquisas do neo-impressionismo, ofereceu um dos maiores subsídios na formação de imagens, hoje presente nos nossos monitores de vídeos.


Andy Warhol parecia brincar com o Paint  Brush; os ícones e as fórmula usadas por Jean Michel Basquiat denotavam uma inteligência desesperada. E as fórmulas científicas, que eram acrescentadas a suas obras,pareciam como que a execução de um comando que não lhe deu acesso aquilo  que seria resultado dessa busca, nem mesmo as drogas, tão largamente usadas como artifício para atingir uma outra dimensão não deram esse acesso, apenas minaram o mais importante de todos os suportes: a consciência.



“Tenho a impressão de que todos os diversos segmentos da arte em sua estrutura, apontam em um mesmo sentido: a busca de uma relação mais íntima de homem, a comunicação, a interação, a excelência em expressão; a liberdade, a originalidade, a espontaneidade, a criatividade – encontram um novo espaço para interagir = www “

Tão novo e ao mesmo tempo tão cheio de maturidade, dada a quantidade de recursos, ainda guarda dentro de si praticamente a história da humanidade, movimenta o presente,planeja e antecipa o futuro.

INSPIRAÇÃO: FONTE E TEMA

ANTÍTESE: ORDEM, RAZÃO – APOLO, DELEITE, PAIXÃO, DIONÍSIO

MIMÉSIS: FUSÃO NO PENSAR

POÉSIS: AGIR, TECLAR, COMANDAR, REALIZAR ...

Personagem sem identidade (Giorgio De Chirico, Carlo Carra) – presença humana e anonimato em um mundo surreal, que existe para os olhos e a mente, mais invisível ao corpo. Relacionamento, psique, consciente, subconsciente.


SIMULACRO HUMANO DAS REALIDADES CELESTIAIS 


(Por agora vemos pelo espelho um enigma,mas então veremos face a face; agora conheço a parte,mas então conhecei como também sou conhecido) I Cor. 13 v.12)
 



www@Caio 

Texto removido do jornal Tribuna de minas Caderno Dois escrito pela repórter Mônica Ribeiro

São obras pintadas  em acrílica sobre tela com temática variada: transposições de diálogos tirados da internet de conversas do artista com outras pessoas, via internet. Gente de diversos cantos do mundo participam do trabalho.

“Arte é comunicação. Como pesquisador estou sempre atendo. Gosto do novo e estou sempre buscando,pesquisando, reciclando, escrevendo.” diz ele. 

Caio Santos acredita que o azul tem certa perenidade,numa concepção antropológica, e se apropria da cor relacionada ao céu, que estaria presente no imaginário do homem. O artista considera os diálogos como os principais registros desta nova etapa da comunicação mundial: 

“o observador mais atendo notará que destaco dia e hora do diálogo, porque achei mais importante o tempo em que se deu essa comunicação. A relação tradicional se dá através da aparência ou da primeira impressão. Na era virtual conhecemos as pessoas de forma invertida, de dentro para fora. Isso significa quebra de barreiras, mesmo que essa pessoa tenha a pior das intenções.” afirma.

 A obras abaixo são algumas das muitas expostas no final da década de 90.








 Abaixo o primeiro poema virtual que percorria a rede no início da era virtual.

Obra visão geral onde o poema foi inserido
Fragmento da obra com foco no poema

[Ö_Ö]  Estava andando

[Ö_Ö]  De repente te vi

[^_^]  Tentei Disfarçar

[6_6]  Olhei para um lado...

[∂_∂] Olhei para o outro...

[-_-] Mas não consegui disfarçar

[!_!] Aí descobri

[@_@] Que gosto muito de te ver.


Nenhum comentário:

Postar um comentário